Uma Frutinha

UMA FRUTINHA

Esse é o enigma de uma frutinha muito especial que corre o mundo, a cor dela não importa, o tamanho também, o que realmente importa é a qualidade e a quantidade dela para satisfazer as pessoas no mundo todo. Acredito que não tenha uma pessoa no mundo que ainda não a experimentou, se existe é rara exceção.

Descoberta como comida de carneiros em 575d.c., pasta para alimentar animais e sustentar a força de guerreiros, ela tem uma história que nem todos conhecem, apesar de apreciá-la. Com toda certeza já entrou também na sua casa, já cativou jovens, adultos e crianças. Talvez poucas crianças, dependendo da região ou país onde moram. No mundo árabe na antiguidade era apreciada quando misturada com banha de ovelhas, pode acreditar.

Para mostrar o toque exótico dessa frutinha citarei Etiópia, Sudão, Quênia, todo mundo Árabe sempre impulsionando e apreciando a frutinha. Por lá contam fábulas enquanto apreciam o gosto e o seu aroma, vestidos com suas sedas, sentados em tapetes persas e ladeados de ouro e prata. Põem importância numa simples frutinha, muita gente se revigora diariamente com o seu sabor, nos ambientes mais secretos ou abertos do mundo ocidental.

Os holandeses, há! Os holandeses a disseminaram pelo mundo. Não foram os tão famosos navegadores portugueses, foram esses valorosos homens dos Países Baixos – Holandeses, com letra maiúscula pela importância da frutinha. Proibida na Europa em 1570 por ser considerada maometana, mas vamos considerar? Como é que alguém pode proibir o uso de uma frutinha de tanto valor e sabor acusando-a de rezar para Maomé? Será que os cristãos não acharam melhor proibir a fruta do paraíso? Escolheram a pobre pequena frutinha.

Retiro a palavra pobre, porque foi considerada “Ouro Negro” – algumas vezes, através dos tempos, quase ultrapassou a cotação do petróleo no mercado, foi considerada maligna, mas refizeram as experiências científicas e hoje é considerada benéfica, graças a Pérsia que pela primeira vez torrou a pequena frutinha e a trouxe assim, para dentro de nossas casas. Agora depois de toda essa história, vai bem um café?

Verena Rogowski Becker
10/12/2020

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