Uma visita a Roma – Itália

UMA VISITA A ROMA – ITÁLIA

As crônicas de viagem não pararam por causa da pandemia, outras questões travam ou
impossibilitam a escrita de vez em quando. O primeiro esclarecimento é que não falarei
da cidade do Vaticano, já o fiz no Cronicando 7.0 numa crônica crítica.

Mas Roma. Nossa! Uma visita inesquecível que muitos de vocês já devem ter feito, mas
para uma artista plástica, no meu caso, foi como entrar num livro de história das artes e
poder chegar perto e as vezes tocar numa pedra histórica e reagir, deixar-se levar para o
passado. Em cada lugar escutar o silencio e não os turistas, ouvir o que não podia ser
ouvido e ver uma infinidade de detalhes que outros não conseguem definir, seja em
formas ou em cores.

Uma crônica só não poderia descrever toda Roma, nem em uma visita eu poderia ter conhecido
tudo o que há para conhecer. Então escolhi o que mais me tocou como as ruelas com seus
bares, restaurantes, lojas de queijos, vinhos e salames. As praças com seus monumentos,
fontes e artistas de rua. O castelo de Sant’Ângelo imponente e intrigante dentro de suas
paredes. Construído na margem direita do rio Tibre e diante da Ponte de Santo Ângelo. O
castelo hoje abriga um museu.

Roma a beira mar num lindo entardecer é uma das poucas paisagens que o turista normalmente
vê. Tivemos sorte, pois um dos nossos hotéis, na viagem de volta, era perto do aeroporto e do
mar. Vale a pena uma bela caminhada ao anoitecer para depois jantar num apetitoso
restaurante de frutos do mar.

O Coliseu, as ruínas das antigas cidades me emocionaram muito, em certos momentos eu
precisava respirar fundo, parar e ficar olhando apenas para algumas pedras e imaginar como
era na época. As pessoas, as crianças, os soldados, tudo aquilo em que a minha imaginação
pode se basear dos filmes criados por outros artistas ou pelos meus professores de história.

Já visitei muitos países, sempre que alguém perguntava sobre Itália eu respondia que este
“solo”. Quero dizer que a Itália para uma artista plástica é tão cheia de arte que seria
impossível ver tudo num tempo restrito, contando horas e tempo, conhecer e apreciar a Itália,
para uma pessoa como eu, precisaria no mínimo morar um meio ano ou mais naquele país.

Os quatro dias, em Roma, entre a chegada e a partida não foram suficientes para que pudesse
ver tudo o que queria. Teria que ter tempo para analisar, sentar por um tempo em cada lugar
visitado, apreciar, cheirar e olhar cada detalhe, mas isso não foi possível, foi tanta informação
que escrever essa crônica se tornou difícil. Se lembro do Museu de Leonardo da Vinci fico
com a imagem por vários dias na minha mente, se vislumbro as fotos do Coliseu, penso que
levaria uma eternidade para descreve-lo, Fontana di Trevi abarrotada de pessoas e eu a queria
examinar nos mínimos detalhes e bem sozinha.

E os italianos, há! Não poderia terminar sem um elogio a elegância do homem italiano.
Chegamos num entardecer ao apartamento que alugamos e um moço muito elegante de terno
cinza, gravata e cachecol nos atendeu. Nos deu explicações e se retirou, mas no dia seguinte,
vestido com a mesma elegância varria a entrada do prédio, ele era simplesmente o porteiro
daquele lugar. Pode? É claro que daquele momento em diante ficamos a observar o quanto o
Italiano se veste bem.

Caros amigos, seja pela arte, seja pela história ou seja pelos homens bem vestidos. Não tem
como descrever Roma em uma só crônica, vou ficar devendo para a próxima. Anexo algumas
fotos para quem ainda não tiver conhecido Roma pessoalmente.

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