Hong Kong

HONG KONG

Pensei muito. E por várias vezes sentei no computador para iniciar este artigo, mas nada me impulsionava a escrever sobre Hong Kong porque eram muitas coisas a escrever. No domingo, dez de janeiro, quando “o” vi novamente num filme que passou na telinha da TV Globo: “Volta ao mundo em 80 dias” surgiram as palavras, a saudade e a vontade de escrever.

Meus amigos ele! Ele sim! Jackie Chan o meu querido amigo, o mais badalado artista chinês, um amor de pessoa, um encanto. E é até mais alto do que eu. Imaginem a minha emoção de braços dados, pertinho, pertinho, tão perto que dava até para dar um beijinho…

Um sonho! Naquele dia eu fui conhecer o museu de cera “Madame Tussaud” em Hong Kong e o Jackie estava na entrada olhando fixamente para mim, ou melhor, para as pessoas que entravam e, devo confessar, apesar da minha emocionante alegria ele era só uma cópia de cera.

Uma de todas as atrações dessa cidade maravilhosa, apesar do meu desapontamento frente à tão cruel realidade, as estátuas parecem vivas de tão reais e você pode estar ao lado de Jonny Depp, Mahatma Gandhi, Shakespeare, Albert Einstein ou também do meu querido Gérard Depardieu com o qual me sentei para uma graciosa conversa regada com um copo de vinho que ele tanto adora.

Para a minha felicidade de artista plástica a exposição não se limita apenas as cópias perfeitas em cera, apresenta em uma sala especial o trabalho minucioso de moldes e detalhes como os cabelos e os dentes de acrílico de cada personagem. Simplesmente é difícil sair e não querer entrar novamente.

Uma cidade na qual a gente se desloca com muita facilidade. A sinalização em inglês e mandarim é perfeita, usa-se o metro, ônibus de dois andares ou taxi, isso se você não tem condições de alugar um carro, digamos um carrão como esse da foto.

É uma cidade-estado com um alto grau de autonomia, ela não obedece integralmente às leis chinesas exceto nas relações exteriores e na defesa militar. Questões que foram muito discutidas há pouco tempo gerando manifestações da sua população. Está situada na costa sul da China e como ilha é rodeada pelo delta do Rio das Pérolas e pelo Mar da China Meridional, ligada ao continente por pontes e um túnel sob o mar.

Foi colônia britânica de 1839 a 1997 quando a China reassumiu a soberania da ilha. Pode-se dizer que Hong Kong é o lugar onde o Oriente se encontra com o Ocidente. Possui uma cultura em que são perceptíveis as tradições chinesas com conceitos de “fengshui” extremamente cuidadosos com mínimos detalhes em todas as construções modernas ou antigas. O espelho “BaGuá” é utilizado frequentemente, assim como faltam em muitos edifícios pisos com o número quatro, visto que a palavra morrer, no idioma chinês é muito parecida com o ideograma desse número.

As tradições ocidentais aparecem quando você se depara com uma campanha enorme do livro “O Pequeno Príncipe” em um shopping ou visita a Disney Hong Kong como se estivesse dentro da mesma magia em Orlando na Flórida.

Não existe China capitalista? Hong Kong é um dos principais centros financeiros do mundo, baixos impostos e livre comércio com a oitava moeda mais negociada chamada de Hong Kong Dólar.

Por seu pequeno espaço territorial e grande índice populacional as construções são mais densas e altas, é uma das cidades mais verticais do planeta.

Encontram-se restaurantes de todas as partes do mundo, tanto ocidentais como orientais, simples e sofisticados, enfim um lugar onde se pode comer muito bem.

E para concluir essa pequena viagem com recordações maravilhosas, o que você poderia fazer é se sentir um pouco chinesa, procurar um estúdio fotográfico e esperar a transformação. “良好的旅行,如果你要我走”. (quer dizer:Boa viagem e se quiser eu vou junto).

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