O momento que estamos vivendo é difícil. Não sei explicar os meus pensamentos e muitas vezes me sinto uma pessoa estranha, diferente, perdida em um mundo aquém da realidade. Todos temos sentimentos próprios que os outros não entendem e em dias de reclusão em casa, por conta do Corona Vírus, esse que ainda não sabemos o estrago que vai fazer perto de nós, com nós, com amigos, com vizinhos, com as cidades ou com o país, já que no mundo o estrago está sendo muito grande.
É um momento que mostra a realidade de cada um. Somos muito mais frágeis do que pensávamos. Falando por mim, já não aguento o Faceboock e o Wats App? Está por um fio. Talvez por ter pela frente uma pequena cirurgia que já não sei se é urgente ou não, por conta do fulano que está bagunçando o mundo, a saúde, as finanças e em muitas outras coisas que ainda não nos damos conta. É um só inimigo invisível, cruel e avassalador dependendo de como é recebido pelo povo ao qual resolve atacar.
Se todos tomassem as devidas providências, se as cidades fossem isoladas umas das outras, como é o caso de Torres hoje, talvez as consequências seriam menores e o venceríamos mais depressa. Mas não é o que tenho visto sentada escrevendo ou pesquisando no computador. Vejo pessoas caminhando, andando a pé com amigos, com filhos, sei que muitos ainda procuram os supermercados e passeiam por ele como se fossem ao shopping.
Meu pensamento divaga vendo o verde das árvores, a lagoa, as ondas brancas por causa do vento de outono e a emoção toma conta. O perfume da natureza continua impondo a sua vontade, tudo agita ainda mais os meus pensamentos. Parece que possuímos, em algum momento, um saber antecipado dos acontecimentos fazendo arrepiar a nossa pele. Folhas secas voando, cheiro seco da terra enchem meu coração de sentimentos e recordações e fazem com que eu sinta novamente vontade de escrever. Mas não sei explicar a minha paz dentro de tanta confusão.